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sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Onde procurar a Felicidade?


Todos queremos e desejamos ser felizes!

Afinal, o que é que queremos dizer quando afirmamos que queremos ser felizes?
O que será que falta para ser feliz?

Cada pessoa tem uma resposta para a procura da felicidade, mas onde estará ela?




Uma das grandes ambições da nossa vida é, sem dúvida, a conquista da felicidade, seja ela dinheiro, sorte, sucesso, amor, saúde, ....
Sempre habituei-me a ouvir os finais das histórias que contavam-me em criança, que terminavam invariavelmente da mesma forma: "E foram felizes para sempre!".

Durante vários anos, isso levou-me a acreditar que a felicidade suprema estava dependente da descoberta do "príncipe encantado", aquele homem perfeito com o qual viveria eternamente um amor feliz. - "Bem, isso é canja" - pensava eu. Rapazes havia muitos, era só deixar que o amor escolhesse por mim. Aliás, era essa mesma palavra "AMOR" que fazia-me vibrar, talvez por a sensação da felicidade ser espontânea e surgir naturalmente.

No entanto, fui perdendo esta minha ingenuidade de criança quando a paixão não correspondida por um rapaz fez-me pensar que, afinal, a felicidade era capaz de não ser um dado adquirido. De repente, dei por mim a querer desesperadamente ser feliz... para sempre, como narravam as histórias!




Então, comecei a pensar seriamente no assunto... Mas, como não conseguia chegar a nenhuma conclusão sozinha, decidi alargar o meu campo de investigação e ouvir outras opiniões:

  •  Para algumas pessoas, principalmente aquelas que não são totalmente saudáveis, felicidade é sinónimo de saúde. Se tiverem saúde, não necessitam de mais nada. Mas, será que estas pessoas, embora não sejam saudáveis, não podem e não merecem ser felizes?
  •  Para outras pessoas mais ambiciosas, felicidade é ser rico. Não estarão elas a confundir felicidade com bem-estar e interesses?
  •  Para outras, felicidade é sinónimo de beleza. Será que as pessoas feias (se é que existem!), gordas e baixas também não têm o direito de serem felizes?
  •  Outras, nunca estão felizes. O que lhes faz ficar felizes agora, já não as satisfaz na hora seguinte. Para estas pessoas, a felicidade anda sempre um passo à frente. Por mais que façam por a alcançar, e até consigam por vezes tocar-lhe!, ela acaba sempre por fugir...




Para mim, apesar de também achar que ter saúde é muito importante, felicidade é mais do esses pequenos pormenores que algumas pessoas dão tanta atenção:

Felicidade é estar junto de quem mais gosto, fazer aquilo que sempre sonhei, ter amigos verdadeiros, com os quais possa sempre contar em todas as ocasiões (não só nas boas!). Com esses amigos, consegue-se superar as dificuldades ou, pelo menos, elas tornam-se mais fáceis. Eles dão-nos sempre os melhores conselhos, e apoiam-nos em todas as situações.

Os amigos verdadeiros nunca nos abandonam, mesmo quando estamos a passar por situações difíceis! Cada vez são menos aqueles que nos são fieis e que podemos confiar...


Quanto à beleza, se se viver obcecado com isso, a vida passa-nos ao lado e perdemos a hipótese de estar com as pessoas que proporcionam-nos horas e horas de felicidade.
Isso sim, é o mais importante para sentirmo-nos felizes: estar bem connosco e com os outros e sentirmo-nos bem assim!

A felicidade procura-se e luta-se por ela!




Para uns, a resposta está no amor perfeito; para outros, tudo depende do dinheiro e do sucesso; para mim, está em ter amigos verdadeiros e estar com eles; ... ... e a TI, o que é que te falta para ser feliz??

sábado, 17 de setembro de 2011

Dizer mal dos outros: uma realidade cobarde!



Se existe algo no Mundo que faz-me muita confusão e põe-me a pensar é a maledicência que existe entre as pessoas...
Entristece-me saber que existe cada vez mais pessoas sem escrúpulos, que:
  • não olha a meios para atingir os seus objectivos;
  • despreza os sentimentos e os direitos dos outros;
  • não sente qualquer empatia pelo outro;
  • só faz mal e cujo coração é de pedra e de cor cinzenta;
  • não sente remorsos pelo que diz;
  • vive só para a má-língua e sente-se satisfeita por o fazer;
  • ......




Em qualquer lugar em que estejam pelo menos duas pessoas, numa festa ou num jantar, ou simplesmente, na rua onde moramos, uma "vítima" é, regra geral, utilizada para "alimentar" o prazer ácido de algumas pessoas maldizentes.

Observações como: "Já viste como aquela está vestida?", ou "Essa mulher é do pior que existe!", ou ainda "Cuidado, aquele tipo é um oportunista!...", são muitas vezes repetidas sobre quem, por vezes, mal se conhece, sobre quem não está presente e que, por isso mesmo, não se pode defender.
Então, podemos concluir que a maledicência é sempre cobarde, e as pessoas que se preocupam em entrar nesse tipo de conversas são cobardes!



 
Sempre impressionou-me a facilidade com que se julgam os outros, esse outro que muitas vezes se inveja e a quem com uma simples observação maldosa se pretende estigmatizar, retirando parte da sua verdadeira história.

Existem pessoas que não resistem à tentação de dizer mal. Essas pessoas até ficam seriamente perturbadas ao ouvirem um comentário positivo/um elogio sobre alguém, como se o facto de alguém ter qualidades fosse ameaçador ou evidenciasse as fragilidades de quem critica... É sempre mais fácil projectar nos outros os seus defeitos, que podem muito bem ser os nossos próprios defeitos.

Quem tem prazer em dizer mal, faz uma tentativa inconsciente de se ver livre da sua própria maldade. É mais fácil criticar os defeitos dos outros, do que enumerar os próprios defeitos. É difícil dizer: "Não estou a proceder bem!" ou "Não estou a ser justo!".





Eu faço questão de afastar-me dessas pessoas! Não trazem nada de bom à minha vida, não me elevam, não contribuem em nada para a minha felicidade! Antes pelo contrário, põem-me deprimida...

Eu própria já fui "vítima" dessas conversas. Na rua onde moro, não faço questão de parar muito tempo para falar com alguém. "Bom dia!" ou "Boa tarde!" são as minhas únicas palavras com as minhas vizinhas, que também gostam de "desenferrujar a língua" quando se juntam à janela.





Todavia, concordo com a crítica. À partida, maledicência e crítica parecem ter o mesmo significado, mas não têm.
Acho tolerante ouvir uma crítica a nosso respeito, boa ou má, porque isso sim contribui para o nosso crescimento. A crítica pode ser uma forma de amizade.

No entanto, críticas construtivas são cada vez mais raras, porque pessoas generosas, satisfeitas consigo mesmas e com as suas vidas, e pessoas que podemos considerar como nossas amigas, são cada vez mais difíceis de encontrar. O ideal seria quando as encontrássemos, que esse encontro pudesse gerar pontos convergentes em termos de ideais e de objectivos, ou seja, comungar dos mesmos princípios e defender idênticos valores perante a vida quotidiana.


*******


Dizer mal dos outros "envenena" quem diz, aumenta a sua miséria interior, mergulha-o na escuridão e impede a grande satisfação de colaborar e sentir o lado melhor da vida, enquanto se está vivo!

Pelo contrário, fazer um elogio aproxima-nos daquilo que nos satisfaz, do que admiramos e/ou do que podemos também a vir a desenvolver em nós. Todos temos coisas boas e más. Reconhecer o nosso lado menos positivo, pode ser uma ajuda a não o projectarmos nos outros.

Aceitar essas contradições e ter a noção do que é menos positivo na nossa pessoa, é meio caminho andado para que se possa construir a nossa realidade de modo mais harmonioso e agradável perante os outros, evitando prejudicar alguém.








sábado, 10 de setembro de 2011

A vida dura e cruel de quem sofre em silêncio...



Cada vez mais entristece-me ver animais abandonados e sozinhos em plenas ruas da capital (e não só!). Infelizmente, há muitos cães e gatos que vagueiam pelas ruas, sem terem uma casa para se abrigarem do frio e da chuva, sem uma refeição razoável e alguém que lhes dê o carinho e o conforto a que, também eles, têm direito.



Por incrível que pareça, há pessoas que um dia se fartam deles e os deixam num sítio qualquer, sozinhos e assustados com a elevada agitação existente, sem estarem preparados para se "safarem da selva" em que vivemos.



Foi no ano de 2004, quando alguém passeava numa dessas ruas, surgiu-lhe "algo" que ronronava junto aos seus pés...




... Esse "algo" era um gatinho bebé, que lhe pedia um simples miminho.
Hoje, e com muito gosto e orgulho, sou eu que o tenho junto a mim enquanto escrevo este texto. Em troca dos meus miminhos, partilha comigo toda a sua gratidão e agradecimento por ter havido alguém que tivesse cuidado dele. E acredito que ele vai agradecer-me até ao fim da sua vida, por sermos tão amigos!



Este meu único e fiel amigo chama-se "Caramelo", por ser tão parecido com esse doce rebuçado que todos nós conhecemos e gostamos!




Os gatos são sempre enigmáticos e encantadores. Para quem pensa o contrário, os gatos adaptam-se perfeitamente ao estilo de vida urbano da nossa sociedade.
Quer se trate de um gato de raça ou de um simples e vulgar rafeiro, o gato é um animal de estimação atraente, gratificante e relativamente fácil de tratar.



Os gatos conseguem sobreviver e desenvolver-se em qualquer ambiente. Companheiros indispensáveis de pessoas de todas as idades, eles têm um humor imprevisível - óptimos caçadores num dado momento e companheiros adoráveis no momento seguinte.




Porém, tornar-se dono de um gato é um assunto delicado. A decisão de levar um gato para casa deve ser tomada muito seriamente. É necessário saber exactamente como se deve tratar dele em todos os aspectos, mesmo a nível de higiene.



Depois do bichano nos escolher (sim, porque são eles que nos procuram!), é preciso ganhar a sua confiança e aprender a cuidar dele correctamente, bem como ensiná-lo a ter um comportamento doméstico aceitável e a reagir à disciplina básica.



Um gato não é um animal muito exigente: tudo o que precisa é de uma alimentação adequada, de cuidados de higiene regulares e de tratamento veterinário.
Este companheiro felino desenvolve-se melhor com um dono simpático e tolerante, que possa dedicar-lhe muita atenção e acompanhá-lo nas suas brincadeiras. Se lhe dedicar tempo e ternura, ganhará a confiança deste fiel amigo!






Os gatos são exigentes quanto a manterem-se limpos e asseados. É raro ver um gato com um aspecto descuidado, porque são eles que cuidam da sua própria higiene quando não se sentem bem ou quando envelhecem e enfraquecem.



Trate bem dos animais em geral. Não só o gato, todos vão agradecer-lhe!
E não se esqueça: não é o dono que adopta o animal; este é que escolhe a pessoa com quer ficar, para depositar toda a sua confiança.
Se pensou dar um animal ao seu filho, lembre-se que também eles têm sentimentos e não são nenhuns brinquedos!




Quando for de férias, leve-o consigo ou deixe-o aos cuidados de alguém de sua confiança.
Por favor, não abandone os animais! Caso contrário, neste Natal ofereça, sim, um bichinho de peluche!!!





domingo, 4 de setembro de 2011

Esclerose Múltipla: testemunho sobre uma doença imprevisível e incompreendida





Tudo começou em princípios do ano de 2002!
Cansaço, perda de forças e dormência nos membros inferiores eram os sintomas...

Procurei a minha médica de família, a qual me passou inúmeros exames, mas os resultados eram sempre normais. Para ela, o que eu sentia não passava de uma depressão, pois tinha perdido alguém muito especial em Março desse ano: aquele que considerava o "pilar" e o suporte da casa, aquela pessoa que resolvia todo e qualquer problema, aquele que se preocupava com o bem estar de toda a família, que estava sempre presente, que se preocupava em dar uma educação especial aos filhos... Esse alguém tem um nome - Pai.

Com o passar do tempo, os sintomas agravavam-se até que, em meados do mesmo ano, quando via uma reportagem num dos canais televisivos, algo em mim se desmoronou. Essa reportagem falava sobre o caso de inúmeras pessoas a quem tinha sido diagnosticada Esclerose Múltipla.
Fiquei extremamente sensibilizada, pois identificava-me com todos aqueles casos. Tudo o que diziam sentir também eu sentia!

Isso fez com que procurasse mais uma vez a médica de família, para lhe explicar o que me estava a acontecer. Para além de me ignorar, mandou-me para uma consulta de cirurgia vascular no Hospital da Cruz Vermelha.
Depois de ter sido vista pelo médico desse hospital, e de lhe contar as minhas suspeitas sobre o problema da Esclerose Múltipla, o médico escreveu um relatório para eu entregar à médica de família. Nele estava simplesmente escrito que estava tudo normal, mas propunha que fizesse uma Ressonância Magnética, pois tinha-lhe falado sobre a Esclerose Múltipla.

Quando finalmente parecia que alguém começava a interessar-se com o meu estado de saúde, tudo se perdeu outra vez...
Imaginem que a médica de família, depois de ler o relatório do colega, rasgou-o e "arquivou-o" no lixo, respondendo-me que "quem precisava de uma Ressonância Magnética era ele!".
Passou-me uns comprimidos (anti-depressivos) para tomar à noite, a fim de dormir e descansar melhor, e umas pomadas para esfregar nas pernas. Continuava a afirmar-me que aquilo não passava de uma depressão.

Fui para casa e andei um ano com essa convicção...




Em Setembro de 2003, optei por ir a uma urgência no Hospital de S. José devido a um agravamento súbito. Não conseguia aguentar-me em pé!

Felizmente, fui assistida por uma médica de Neurologia.
Depois de lhe contar todo o meu historial e as minhas suspeitas sobre a Esclerose Múltipla, propôs-me ficar internada no hospital onde nessa altura dava consultas (Hospital dos Capuchos), para que fizesse todos os exames necessários.

Foi nesse hospital que passei as três semanas seguintes: fiz inúmeras análises, exames, potenciais evocados visuais, ressonância magnética e uma punção lombar, de onde foi recolhido líquido da espinal medula para ser analisado.

No mês de Outubro de 2003, iniciava-se assim uma nova etapa da minha vida: saber viver com Esclerose Múltipla. Aquela doença que tinha visto na reportagem afinal também tinha sido diagnosticada em mim... Fiquei assustada e em pânico! Apartir daquele momento, toda a minha atenção se virou exclusivamente para conhecer essa doença.

Do mesmo modo, também tive o cuidado de marcar uma consulta com a médica de família para que também ela pudesse ver esses exames e para que tomasse conhecimento da real situação, de modo a que alargasse os seus conhecimentos, tendo em conta não só a medicina como também os doentes.

Depois destes anos de diagnóstico, aprofundei os meus conhecimentos sobre a Esclerose Múltipla, mas as dificuldades em relação à sua aceitação ainda são muitas.
Quando contactei as pessoas que achava serem importantes na minha vida e lhes disse que, possivelmente, tinha Esclerose Múltipla, começaram a afastar-se. Quando tive a certeza da doença então desapareceram totalmente, virando-me as costas sem qualquer explicação!
Na minha opinião, isto deve-se à ignorância ou ao próprio desconhecimento da doença. Por isso, só tenho duas coisas a dizer: a Esclerose Múltipla não é uma doença mental, nem é contagiosa!!



A Esclerose Múltipla é uma doença crónica, que afecta o Sistema Nervoso Central, o qual é composto pelo cérebro e a espinal medula.
Actua como um quadro de distribuição, enviando mensagens eléctricas, através dos nervos, para diversas partes do corpo.
Estas mensagens controlam todos os movimentos conscientes do nosso corpo, assim como as várias modalidades sensitivas.
Os sintomas aparecem devido à interrupção da condução dos impulsos nervosos (lesões), entre o Sistema Nervoso Central e o resto do corpo.
A maioria das fibras nervosas normais são revestidas pela Mielina, uma substância constituída por proteínas e gorduras, que ajuda a condução de mensagens.
Na Esclerose Múltipla, a Mielina rompe-se e é substituída por tecido cicatricial (esclerose), fazendo com que a mensagem se desloque lentamente.
Quanto maior for a lesão, maior será a probabilidade de ocorrência dos sintomas.
A maioria dos casos surgem entre os 20 e os 40 anos de idade.
As causas são ainda desconhecidas e não é hereditário.
Estima-se que em Portugal, cerca de 5 mil pessoas sofram desta patologia.



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No meio de muitos momentos de tristeza e de revolta, ainda acho que a vida é muito injusta e deu-me algo que não merecia. Mas, se fui "escolhida" para ser portadora de Esclerose Múltipla, é porque sou uma pessoa forte que vai ser capaz de ultrapassar isto e vai saber viver com a diferença!
Ainda acredito que a vida não traz só más notícias... Um dia ainda vai surgir uma luz, uma descoberta para fazer parar a evolução da Esclerose Múltipla.