Em questão de moda, tudo pode ser usado, misturado, conjugado e até reciclado. Vencida a ditadura da moda, surge um novo conceito, com uma espécie de rótulo maligno: a "consumidora compulsiva"!
Consumir moda pode ser um gesto de amor, um impulso, um capricho, um vício ou, simplesmente, o cuidado com a imagem. Mas, há pessoas que o fazem por tudo isto... O que interessa é sentir-se bem consigo própria. Por isso, encaram a moda como uma componente estética da vida, tão importante como a decoração, a pintura, a escultura e a música.
Cada vez mais a aparência conta. Ela é um factor determinante, porque marca a diferença entre quem seduz e quem é seduzido.
Enfim, comprar roupa, acessórios ou produtos de maquilhagem é um prazer: dá prazer olhar, sentir as peças e experimentar.
Uma verdadeira conhecedora de moda observa, atentamente, as últimas tendências de cada colecção da roupa aos acessórios. Anda sempre actualizada com as últimas novidades. Depois, compra o que melhor se lhe adequa, de acordo com o seu gosto pessoal.
Consideram a roupa como a "segunda pele", e vestem-se para elas e para os que são mais próximos. A marca ou o preço são-lhes completamente indiferentes: o que conta é o seu estilo e a selecção da roupa, de acordo com o seu modo de vida e profissão.
Discutir o bom gosto ou arbitrar as escolhas dos outros, é como discutir religião ou política. O fascínio pela moda, o cuidado com a aparência e a vontade de comprar, implicam ideais de sucesso. Por detrás de um consumo, está a exaltação do ego, o culto do indivíduo.
Fazer compras pode ser uma terapia: quando nos sentimos mais deprimidos, esse acto pode melhorar a nossa auto-estima e tem efeito reparador.
Quando o acto de comprar ultrapassa o normal e a pessoa começa a comprar tudo em exagero, sem limites, que muitas vezes não faz falta, e arrepende-se de as ter comprado, dizem os experientes no assunto que estamos perante um caso de doença: omniomania ou comprador compulsivo.
Normalmente, as pessoas com este vício têm um comportamento perturbado, têm problemas a nível emocional, e não estão bem consigo próprias e/ou com os outros.
Existe ainda outra categoria de viciados em compras: entram nas lojas todas, experimentam tudo, dão "muito que fazer" à empregada, para, no final da visita ao estabelecimento, levarem um simples par de meias ou, conforme acontece com mais frequência, nada!





