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terça-feira, 22 de novembro de 2011

Viciados em compras...



Em questão de moda, tudo pode ser usado, misturado, conjugado e até reciclado. Vencida a ditadura da moda, surge um novo conceito, com uma espécie de rótulo maligno: a "consumidora compulsiva"!

Consumir moda pode ser um gesto de amor, um impulso, um capricho, um vício ou, simplesmente, o cuidado com a imagem. Mas, há pessoas que o fazem por tudo isto... O que interessa é sentir-se bem consigo própria. Por isso, encaram a moda como uma componente estética da vida, tão importante como a decoração, a pintura, a escultura e a música.

Cada vez mais a aparência conta. Ela é um factor determinante, porque marca a diferença entre quem seduz e quem é seduzido.
Enfim, comprar roupa, acessórios ou produtos de maquilhagem é um prazer: dá prazer olhar, sentir as peças e experimentar.




Uma verdadeira conhecedora de moda observa, atentamente, as últimas tendências de cada colecção da roupa aos acessórios. Anda sempre actualizada com as últimas novidades. Depois, compra o que melhor se lhe adequa, de acordo com o seu gosto pessoal.
Consideram a roupa como a "segunda pele", e vestem-se para elas e para os que são mais próximos. A marca ou o preço são-lhes completamente indiferentes: o que conta é o seu estilo e a selecção da roupa, de acordo com o seu modo de vida e profissão.

Discutir o bom gosto ou arbitrar as escolhas dos outros, é como discutir religião ou política. O fascínio pela moda, o cuidado com a aparência e a vontade de comprar, implicam ideais de sucesso. Por detrás de um consumo, está a exaltação do ego, o culto do indivíduo.




Fazer compras pode ser uma terapia: quando nos sentimos mais deprimidos, esse acto pode melhorar a nossa auto-estima e tem efeito reparador.

Quando o acto de comprar ultrapassa o normal e a pessoa começa a comprar tudo em exagero, sem limites, que muitas vezes não faz falta, e arrepende-se de as ter comprado, dizem os experientes no assunto que estamos perante um caso de doença: omniomania ou comprador compulsivo.
Normalmente, as pessoas com este vício têm um comportamento perturbado, têm problemas a nível emocional, e não estão bem consigo próprias e/ou com os outros.




Existe ainda outra categoria de viciados em compras: entram nas lojas todas, experimentam tudo, dão "muito que fazer" à empregada, para, no final da visita ao estabelecimento, levarem um simples par de meias ou, conforme acontece com mais frequência, nada!


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Breve meditação sobre a VIDA

Na nossa sociedade, a vida é frequentemente tema de notícia. E é natural que assim seja, pois é a vida que define o próprio homem, tanto na sua dignidade como na sua responsabilidade, no drama da sua existência, no horizonte da sua esperança, que se afirma como desejo de mais vida e de uma vida melhor.




A vida, tal como diz o dicionário, é um estado de actividade dos animais e das plantas; é o tempo que decorre desde o nascimento até à morte; é o conjunto das coisas necessárias à subsistência; é a biografia de uma pessoa; existência; modo de viver; comportamento; ocupação; profissão; (....).

Sendo o seu dom mais precioso, o homem encontra nela um desafio para a liberdade, a motivação para a generosidade e a responsabilidade.
A vida torna-se para o homem o fundamento principal da sua exigência ética, porque aí descobre como ser responsável perante a sua própria vida e perante a dos outros homens.




A relevância que os problemas da vida têm assumido entre nós nos últimos tempos, leva-nos a reflectir sobre algumas tragédias. Na maneira de abordar o problema da vida, o homem exprime um carácter paradoxal e contraditório da sua própria existência. É capaz de beleza e de drama, de expressões de generosidade e de manifestações de violência e de desprezo pela vida.

Por exemplo, a alegria da mulher quando recebe pela primeira vez nos seus braços o filho recém-nascido, é ensombrada pelo drama de mães que abandonam os seus filhos, os maltratam ou abusam deles sexualmente, ou, até lhes "cortam" a vida ainda antes de nascerem!...

À generosidade de tantos ao serviço da vida, contrapõe-se a violência de quem não hesita em matar ou prejudicar gravemente os outros, ou até mesmo a eles próprios!

Nos últimos tempos, a nossa sociedade tem sido atravessada por manifestações desta contradição: anuncia-se o resgate de sobreviventes, depois de vários dias soterrados nos escombros de uma tragédia, ao mesmo tempo que, milhares de vítimas são encontradas mortas, após um ataque terrorista...
Existem, ainda, outras formas de dramatizar a vida: para algumas pessoas, "viver" significa sobretudo fazer o mal, criticar, prejudicar, apontar o dedo a quem gosta realmente de viver.

** Agora pergunto eu:
Sabendo que, nenhum de nós é eterno, será isto viver, saber viver e deixar viver? Não procuramos todos a felicidade? Então, qual a razão para tanto ódio, tanta maldade e tantas injustiças??




A vida não é um processo isolado, que possa ser vivida no individualismo. Cada um de nós é um pouco responsável pela vida dos outros, na medida em que podemos ajudá-los a construir a sua própria vida, descobrindo nessa inter-ajuda, o sentido da própria existência.

A paternidade e a maternidade são a primeira expressão deste serviço da vida. Ao homem e à mulher foi dado esse dom maravilhoso de serem colaboradores na comunicação da vida.
Como são bonitos e tocantes os testemunhos de tantas mulheres mães, que se sujeitam a todos os sacrifícios para se darem aos seus filhos; e da generosidade dos pais que sofrem e lutam para que os seus filhos vivam e cresçam bem e com saúde...

O amor de pai e de mãe é um valor fundador da dignidade humana. Isso torna mais dramática a fraqueza daqueles que abandonam, maltratam, abusam física e psicológicamente os seus filhos ou, até mesmo, os impedem de nascer.
O único caminho para precaver todas as formas de violência sobre a vida humana é o cultivo da sua beleza e dignidade, e do serviço generoso que lhe podemos prestar.


*** Só amando e servindo a vida, evitaremos as violências sobre a vida! ***